sábado, 21 de julho de 2007

A infância..
















A infância é um lugar fantástico na minha vida. Eu adorava ver os bichos no zoológico, passear com meus irmãos e pais. Me diverti muito e também aprendi muito. Eu só não gostava de palhaços. Uma vez eles correram atrás de mim e me deixaram em pânico! Ufa, meu pai explicou o que eram aqueles "monstros". Passado o susto, gostava de me divertir. Não comia direito e tava sempre tomando vitaminas. Odiava. Minha mãe me obrigava a comer fígado e me enganava dizendo que era bife acebolado Arg! Gostava mesmo era de tomar refrigerante, risos. Adorava um salgadinho, aquele que meu pai dizia que tinha cheiro de chulé. E as balas estavam sempre nos meus bolsos e os papéis ficavam presos na máquina de lavar. Eu, minha irmã e irmão jogavamos "stop" e eles eram muito rápidos...stop, putz já tinha ficado pra trás! eu gostava de imitar os dois. Comecei a tocar violão por causa da Vivi, a irmã do meio e a gente ia pro Ballet juntas! eu fiz jazz também, amava danças. Também fomos ginastas do CET/RS. Meu irmão era muito chato e nos torturava, risos. Do meu irmão imitei roer as unhas, rsrs. Uma pessoa também especial é a minha Dinda. Era linda (ainda é) e eu amava tanto ela que ficava nervosa quando ela tava perto de mim....eu queria ser tão bela quanto ela. Dizem que somos parecidas, no jeito, no gênio, por gostarmos de festas, rsrsrs. Meu dindo também eu achava fantástico ( ele é). Eu sempre agradeço minha mãe por ter me dado eles de presente. A única coisa que reclamo da minha mãe era da maneira que ela cortava meus cabelos, eu parecia um guri! só porque eu não deixava pentear! eu era um pouco rebeldezinha sabe...Bem, Foi muito bom reviver esses momentos agora que digitalizei essas fotos e publiquei aqui! Faltam as fotos da minhã mãe e dos meus irmãos, tenho q escanear ainda...Era isso....





Buenos Aires



Buenos Aires, que saudade! Me diverti por lá, nesta última páscoa. Gostei muito do parque Palermo e também do Caminito. Por lá encontramos o Maradona Falso. Pagamos para que ele nos concedesse uma entrevista e tirasse fotos, foi muito engraçado!! ele fala como se fosse o verdadeiro, por alguns muitos pesos, claro! rsrsrs. Bua é uma cidade muito romântica e nostálgica... em alguns momentos quase cortei os pulsos. rsrsrs.








































a ilha me aceitou..
















Hoje descobri que faz um ano que estou morando em Floripa, a ilha da magia. Por enquanto estou encontrando o que eu vim buscar..
Dizem que a ilha só te aceita, de verdade, depois de um ano, aí você pode se considerar um nativo, (risos). Que coisa Boa, me sinto muito feliz aqui, apesar da saudade que sinto da minha terra, céu, sol, sul, terra e cor. Ilha linda: te amo!
Essa foto tirei em julho do ano passado, no meu primeiro dia na ilha.

domingo, 15 de julho de 2007

Prosopopéia das leis: a despedida da lei penal

A prosopopéia das leis: a despedida da lei penal
Juliana Goulart

Cansada de se sentir acusada pelo povo do planeta Titanius, de ser a causadora das injustiças e crimes que ocorriam naquele território, a lei penal decidiu ir embora.

Estava cansada de tudo e de todos, pois ninguém a via da forma como ela realmente era e a julgavam apenas por sua aparência. De acordo com alguns, ela era inválida; para outros ela era ineficaz; enquanto outros a acusavam de inexistente! Quando caminhava pelas ruas, sentia a rejeição e frieza das pessoas que a observavam e muitas vezes tinha que fugir, pois era seguidamente perseguida. Nos Fóruns e Tribunais, ainda tinha que agüentar algumas pessoas colocando na sua boca coisas que ela jamais havia dito e distorcendo o que ela jamais havia imaginado. A pobre lei era digna de pena. Não cuidava mais nem de sua aparência e saúde. Além de tudo, não se sentia amada. O que mais doía era que recentemente tinha se separado do seu marido, o Direito Constitucional, que rompeu com ela, apesar de amá-la, pois não agüentava a situação constrangedora de ter sua relação afetiva estampando a capa de milhares de jornais, revistas e livros. E também corria um boato que o marido estava “constitucionalizando” a lei civil, o que aborrecia demais a pobre lei penal. Como estava muito carente, acabou tendo um surto de ciúme que, enfim, fez sua relação com o marido afundar.

Era comum, em momentos de crise, ela sair para ver o mar. Enquanto contemplava a natureza, derretia-se em lágrimas pensando em alguma solução para mudar o seu triste destino. O que poderia ela fazer?

A pobrezinha tinha apenas alguns instantes de felicidade, quando era notificada que algum trabalho de sua competência tinha sido excluído. Nessas horas, ela sentia um grande alívio. “Que destino mais pesado esse o meu”, ela pensava. “Quando também não é sangrento!”. Estava cansada de furtos, homicídios, colarinhos brancos, tráficos, estupros. Que triste ofício ela tinha: conviver com todos esses delitos. Ela não achava que tinha afinidade com essas coisas todas e sonhava que poderia mudar sua reputação. Mas como? Isso tudo fazia parte de sua angústia e ela não via luz no fim do túnel, nem mesmo depois de anos de terapia com a inteligente Psicologia Criminal.


Não tendo outra escolha naquele planeta, decidiu então recomeçar sua vida em um outro lugar. Mas será que sentiriam sua falta? Decidiu mudar de vez sua vida e arrumar as coisas para partir. Mas o que faria para sobreviver? Lembrou que perto dali, num planeta próximo, chamado Sophia, pessoas que se sentiam infelizes e tinham tristes ofícios poderiam lá reconstruir suas vidas. E logo arrumou uma vaga de emprego por lá como plantadora de flores. “Conviver com o perfume das flores, sentir o vento bater no meu rosto, quanta liberdade”! Hoje ela vive lá e se acha feliz. Tem trocado correspondência virtual com seu ex, o Direito Constitucional. É que além de ter tido alguns aborrecimentos e desilusões, ele sente muita saudade da sua amorosa ex. E já faz planos para se mudar e ficar pertinho de seu grande amor.Quando? Ele pensa em se mudar no semestre que vem, para jogar de atacante no time de vôlei do planeta Sophia.

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